terça-feira, 27 de abril de 2010

Gestão "com" Pessoas

                                                                          
     Diante das inúmeras transformações pelas quais as organizações vem passando ao longo dos tempos, aquela que tem causado maior impacto, do ponto de vista significativo e revolucionário, é a que trata da mudança do comportamento humano no ambiente de trabalho. Nunca na história da relação homem x trabalho, o capital humano foi tão destacado como no contexto atual. Para estabelecer um comparativo, basta nos lembrar como ocorria o tratamento dado aos trabalhadores na era industrial, onde o homem era uma extensão da máquina, ou seja, era visto como um “recurso” da organização, pois o seu valor para a organização estava na sua capacidade produtiva, não sendo necessário, (na visão mecanicista), oferecer a esses trabalhadores condições favoráveis ao seu     crescimento profissional e intelectual.

 Contextualização



     Com o fim da era industrial, a partir dos conceitos da administração clássica de Taylor, Fayol e outros, a partir da evolução tecnológica, da implantação da qualidade total, criada nos EUA e desenvolvida pelos Japoneses, estabeleceu-se um novo conceito na forma de gerir as pessoas dentro das organizações. O conhecimento passou a ser bastante valorizado, pois percebeu-se que quanto mais se investia em treinamentos e capacitação das pessoas, mas produtivas elas eram. Neste novo cenário, as empresas passaram a enxergar as relações humanas como princípios fundamentais para o alcance de resultados.



     Ter uma política de recursos humanos voltada para uma eficiente gestão de pessoas, passou a ser essencial dentro de qualquer organização que queira manter-se forte e competitiva no mercado. Um eficiente modelo de gestão de pessoas faz parte de um novo cenário organizacional, onde os gestores não estão mais limitados a seus departamentos ou seções e sim, ao processo como um todo, sendo exigidos desses profissionais uma postura de “donos do negócio”.




O Papel do Gestor de Pessoas



     Envolver o capital humano na busca pelos resultados, disseminar e fazer incorporar nas pessoas, a missão, visão e valores da organização, passa a ser o grande desafio de uma eficaz gestão de pessoas. Para isso é necessário ter como gestores, pessoas com alto grau de sensibilidade, resiliência, capacidade de trabalhar em equipe, motivação, relacionamento inter e intrapessoal, criatividade, inovação e pró-atividade.


  • Sensibilidade com os problemas, pessoais ou profissionais de seus subordinados.

  • Resiliência para superar as dificuldades.

  • Capacidade de trabalhar em equipe em busca de resultados para a organização.

  • Motivação com o trabalho.

  • Relacionamento intra e interpessoal promovendo um bom clima organizacional em seu setor de trabalho.

  • Criatividade e Inovação como forma de agregar valor ao seu trabalho.

  • Pró-atividade, mostrando-se inserido no perfil do novo gestor de pessoas.
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    O papel da gestão de pessoas no contexto atual      O novo cenaŕio organizacional exige das empresas uma postura comportamental voltada para a valorização do capital humano, visto que diante dos adventos da globalização e evolução tecnológica, o conhecimento passou a ser o bem intangível mais procurado pelas organizações e, principalmente, captar as principais tendências do mundo dos negócios que estão se desenhando para o futuro. A área de RH passou do nível operacional para o nível estratégico, pois para que o planejamento estratégico tenha sucesso, a atuação do RH é fundamental, desenvolvendo ações que estejam alinhadas aos objetivos organizacionais capacitando e desenvolvendo as pessoas, de modo a alinhar dois objetivos: os pessoais e os organizacionais.      Analisando esse novo papel da gestão de pessoas, onde se prega a valorização do capital humano, será que para que uma organização seja certificada pela qualidade de sua gestão é necessário “apenas” um bom programa de gestão de pessoas ou é preciso estabelecer uma política de gestão com pessoas dentro da organização? Pois no nosso entender, não basta apenas gerir com sucesso, é necessário fazer com que as pessoas participem ativamente dessa gestão. Fica aqui um questionamento para a nossa reflexão e análise.

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